UMA GOTA SOBRE COMO ESCREVER MELHOR, DE J.B. OLIVEIRA

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Ivonete Edington Santos Corrales, uma amiga dos tempos de faculdade, encontrou em seus arquivos esse texto de autoria de JB OLIVEIRA. Repasso a vocês. Vale a pena ler.

20 DICAS PARA ESCREVER BEM:

  1. Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!
  2. Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou mensag. que vc. escrev.
  3. Remember: Estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice! Ok?
  4. Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!
  5. Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!
  6. Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.
  7. Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!
  8. Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.
  9. Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!
  10. Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.
  11. A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!
  12. Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!
  13. Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”
  14. Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!
  15. Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.
  16. A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.
  17. Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.
  18. Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!
  19. Por fim, Lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a
  20. Ler diariamente.

J. B. Oliveira, Consultor Empresarial e Educacional, é Advogado, Professor e Jornalista. Presidente da A.P.I. (2006-09). Autor de “Mostrando a Língua”; “Boas Dicas para Boas Falas”; “Homens são de Marte, Mulheres são de Morte” e 4 outras obras. É membro da Academia Cristã de Letras e do Instituto para Valorização da Educação e Pesquisa e Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Saiba mais sobre ele em http://jboliveira.com.br  

Participando da Semana de Criação Literária com Tiago Novaes

“O romance costura destinos e, com isso, a chance é de que exerça um efeito reparador nos leitores. Uma matéria publicada na revista Brain Connectivity de 2014 relata um estudo que mapeou a atividade cerebral de voluntários durante a leitura de um romance. O que descobriram? Que o cérebro entende a narrativa como algo real, faz novas conexões, deixa vestígios, mobiliza a plasticidade cerebral em áreas ligadas à ação, não apenas à memória. Todo cérebro tem algo de quixotesco, portanto, confundindo a ficção dos livros com a realidade. E isso implica em aprendizados, distanciamento, repertório de vida.” Escrita Criativa -Telegram Tiago Novaes

Semana da Criação Literária ou Semana do Romance, de 9 a 15 de agosto de 2021, no canal YouTube EC Escrita Criativa, aborda o trabalho criativo, o percurso autoral, os bloqueios criativos, as resistências internas, a psicologia da criação, entre outros temas.

“Para forjar um livro é preciso acreditar que ele vai existir um dia. É preciso confiar neste poder de materialização do que ainda não tem forma.
Os livros, afinal, nascem de algo tão impalpável quanto um anseio. De um lugar impreciso, vago, do que os psicanalistas chamam de “umbigo do sonho.” Tiago Novaes